Wednesday, October 3, 2018
Já são conhecidos vencedores da iniciativa Epal – Corrente pela Água
Já são conhecidos vencedores da iniciativa Epal – Corrente pela Água: A iniciativa “Corrente pela Água”, lançada em abril à comunidade de Lisboa, pela Epal, nomeadamente Escolas, Centros de Dia e Canal HORECA, pre
Monday, August 6, 2018
Viagem pelos nomes da água
Estava eu muito bem a nadar numa deliciosa piscina, quando me deu uma vontade irreprimível de tentar saber mais sobre a palavra «água». Porquê? Sei lá: deve ser um problema meu. Não importa: vamos de viagem pelos nomes da água — e, pelo caminho, ficaremos a saber donde veio a nossa «ilha», a nossa «onda» — e que estranhas voltas deu o nome da água na Grécia. Há também umas bebidas alcoólicas lá pelo meio. No fundo, é uma boa viagem para uma tarde de Verão — embora, aviso já, começamos no calor de Portugal, mas terminamos o percurso nas águas gélidas do Norte do Canadá…
Da nossa «auga» à trituradora francesa
A água é essencial ao ser humano — e vemos isto em tanta coisa: desde o estranho prazer de mergulhar para dentro duma piscina ao facto conhecido de que as casas com vista para o mar ou para o rio valem mais só por isso. O ser humano precisa de água — nem que seja ao espreitar pela janela.
A nossa «água» vem do velho latim, onde tinha a forma «aqua». Do /k/ do latim, passámos ao /g/. Mas, mais do que isso, o nosso /g/ começou a não interromper por completo o ar e tornou-se numa consoante fricatizada. Se reparar bem, o /g/ da «água» sai continuamente da nossa boca — a consoante deixou de fechar o fluxo do ar, como acontece com o /k/. Usando o Alfabeto Fonético Internacional, o /g/ da nossa água é realizado como [ɤ]. Desse som corrente, sem interrupções, talvez venha a impressão enganadora que eu tenho de que a palavra água é muito… aquática! «Enganadora», digo — que isto de tentar encontrar a realidade na própria forma das palavras é uma ilusão. Até o ladrar dos cães é diferente de língua para língua…
Se virmos bem, nós pouco estragámos a «aqua» latina. É certo que alguns portugueses fazem uma troca ali dentro e transformam a «água» em «auga». Nada a assinalar: as palavras dão estas belas piruetas nas suas navegações pelos séculos fora. Aliás, na Galiza, a palavra também tem estas duas formas («água» e «auga»), mas, curiosamente, a forma adoptada pela norma oficial do galego é aquela que relegámos para o purgatório do português fora da norma: «auga» — sim, a forma popular da palavra em partes do nosso país, quando salta a fronteira, torna-se na palavra oficial.
Não acusemos, no entanto, aqueles que dizem «auga» de estragarem a bela palavra latina. Se eles estragaram, o que dizer dos catalães, que lá enfiaram uma letrita («aigua»)? O que dizer dos romenos, que a transformaram em «apă»? E, se podemos deixar descansada a palavra nas mãos dos italianos (pelo menos os que falam o toscano a que chamamos italiano), o que dizer dos franceses?…
Ah, os franceses! Não olhemos para as palavras escritas, que essas enganam bem, engalanadas como estão daquela ortografia pirotécnica. Oiçamos com atenção os sons… E aí temos uma língua que passou o latim pela trituradora. Pensemos na conjugação verbal, que na escrita ainda distingue as várias pessoas, mas na fala vai a meio caminho de deixar os verbos tão simples como os ingleses (quelle horreur!). Pensemos no velho mês de Agosto, que os franceses, pimpões, escrevem «août», mas lêem apenas «u». E pensemos na pobre «aqua» latina, que acabou transformada em «eau», três vogais que se lêem como um «ô», que nem lá põe os pés quando escrevemos a palavra.
(Já agora, uma nota: quando falei dos verbos franceses a caminho de ficarem tão simples como os ingleses, estava a pensar no presente do indicativo dos verbos regulares. A conjugação francesa ainda é bastante mais complexa do que a inglesa — ainda!…)
A fonte das águas e as ilhas inglesas
Bem, continuemos a viagem, agora pelas águas turvas do tempo. Se recuarmos uns milénios, temos a forma proto-itálica reconstruída «*akʷā». A palavra reconstruída é feia: mas valha-nos que ninguém a escreveu no dia-a-dia! Uma ortografia à latina (que seria anacrónica, claro está) dar-nos-ia algo parecido com «aqua».
Se continuarmos a andar para trás no tempo, encontramos a forma indo-europeia «h₂ékʷeh₂» — é, mais uma vez, uma palavra reconstruída (expliquei neste artigo o que isso quer dizer). É difícil ler esta palavra que ninguém usou na escrita, mas temos ali um «ékwe» que lembra um fantasma da nossa própria palavra, mas enterrada cinco mil anos no passado.
Pois bem, fazendo inversão de marcha e começando o nosso regresso ao futuro, vemos que essa forma indo-europeia não acabou só nas palavras latinas para água. Seguiu pelos séculos fora, na boca de outras pessoas, até chegar ao proto-germânico — a língua que deu origem a muitos idiomas ali do norte da Europa.
No proto-germânico, a palavra indo-europeia já se dividira em dois. Primeiro, temos a forma «*ahwō», que, muitos anos depois, veio a dar, por exemplo, no «eddy» inglês — um «turbilhão» ou um «redemoinho».
Depois, temos a forma «*awjō» — aqui a viagem torna-se mais interessante. Esta forma proto-germânica deu, em inglês antigo, «īeġ» — a maneira como as palavras se tornam umas nas outras talvez pareça impossível, mas quem estudou isto sabe que existem regras e formas de reconstruir com alguma segurança o caminho. Pode haver enganos, claro está, como em tudo.
Ora, o inglês antigo juntou «īeġ» a «land» e ficou com «īeġland». O inglês médio já tinha «yland» e o inglês actual tem a nossa conhecida «island». Note-se que o «s» não se lê, o que ajuda a perceber a sucessão real no som que sai das bocas dos falantes. Curiosamente, a palavra «island» não está relacionada com «isle», que é uma palavra inglesa de origem latina — mas o tal «s» mudo aparece em «island» porque alguém achou que as duas palavras, sendo parecidas e tendo um sentido parecido, deviam ter um «s» também parecido… A ortografia inglesa está cheia destas marteladas de quem achava isto ou aquilo: por exemplo, a palavra «debt» nunca teve ali um «b» na oralidade. Mas como a palavra latina tinha um «b», houve um inglês que, num lindo dia, enfiou ali um «b» para atrapalhar a vida dos miúdos ingleses.
E a nossa ilha? Não deixa de ter uma certa parecença com a «island» inglesa — mas é coincidência. A nossa palavra, diga-se, não veio directamente do latim para o galego e português, mas passou, imagine-se, pelo catalão! A «illa» catalã saltou Castela e veio aterrar na nossa «ilha».
Em suma, a mesma palavra indo-europeia acabou como «água» nas bocas latinas e como «island» nas bocas inglesas…
Da «water» inglesa até às ondas do mar de Vigo
Bem, já vimos que a nossa água foi beber a uma origem indo-europeia que também deu origem à «island» inglesa.
Mas então donde veio a britânica «water»? Veio doutra palavra indo-europeia — tanto quanto conseguimos perceber. A palavra reconstruída é *wódr̥. Desta palavra, surgiu a «water» inglesa, a «wasser» alemã e todas as outras formas das línguas germânicas — incluindo a forma do norueguês nynorsk «vatn» e do norueguês bokmål«vann» (a história de como o norueguês tem duas versões oficiais fica para outro dia).
Também as línguas eslavas foram beber a essa fonte e temos a «вода» («voda») russa, a «woda» polaca, a «vòda» serbo-croata, a «voda» checa e por aí fora. Os eslavos, nos nomes da água, são ainda mais aborrecidos do que nós, os latinos. Ah, mas há algumas surpresas. Um diminutivo da «voda» russa deu-nos o vodca — um diminutivo, disse eu. Ou seja, uma aguazinha, pois então. Mais surpresas alcoólicas: a mesma fonte indo-europeia acabou por nos dar, depois de séculos de fermentação na boca dos celtas, o «whiskey» (não me atrevo a usar o aportuguesamento «uísque», que ainda não me sabe bem).
Bem, num só parágrafo, viemos dos Urais até às costas atlânticas da Irlanda. Desçamos um pouco o nosso navio e apontemos às costas galegas e portuguesas, onde as ondas vão desfazer-se em praias ladeadas de pinhais. Pois não é que a palavra «onda», ao que parece, tem a mesma origem que a «vodka» russa? A «*wódr̥» indo-europeia transformou-se numa «unda» latina, que se transformou na «onda» portuguesa.
Estas duas palavras indo-europeias («*h₂ékʷeh₂» e «*wódr») vieram pelos séculos fora e rebentaram nas nossas praias na forma de «água», «onda», «ilha», «whiskey», «vodka» — e muito mais.
Trocas e baldrocas gregas
Apesar de tudo, estas palavrinhas até se portaram bem. Parece que a grande maioria dos nomes da água na nossa Europa tem origem em duas palavrinhas apenas, sem grandes sobressaltos.
Mas há sobressaltos. Por exemplo, na Grécia…
O grego é uma língua indo-europeia — em princípio, teria ido beber ou à «*h₂ékʷeh₂» («água», «island», etc.) ou à «*wódr» («water», «onda», «vodka», etc.). E, de facto, o grego antigo tinha «ὕδωρ» («húdōr»). Esta palavra é, aliás, a origem de várias palavras portuguesas relacionadas com água, como «hidráulico»…
Bem, se perguntarmos a um grego de hoje em dia qual é o nome do líquido transparente que está no mar ou sai das torneiras, o que ele irá dizer é «νερό» («neró»).
O que se passou? Donde apareceu este «neró»? Durante muitos dos séculos que nos separam da Grécia Antiga, os gregos usaram a expressão «νεαρόν ὕδωρ» («nearón húdōr») para denominar a água doce. A palavra «nearón» é uma declinação de «nearós», que significa algo como «jovem». Ou seja, «água doce» seria «água nova» — e com os séculos a expressão foi deixando cair uma das palavras. Qual? Curiosamente, a palavra que caiu nessa expressão foi «húdōr», ou seja, «água».
Avancemos. O termo passou a designar todo o tipo de água, doce ou não — um pouco como se hoje o nome português para o líquido precioso fosse «doce» e tivéssemos a expressão «doce salgado» em vez de «água salgada». Nada que nos fizesse torcer o nariz se tivesse sido esse o caminho percorrido pela água na nossa língua.
Já a velha palavra clássica grega ainda hoje se encontra em textos muito formais, talvez uma reminiscência das guerras linguísticas de que falei no último artigo.
Antes de terminarmos esta viagem temos de saber que há outros para água na nossa Europa: por exemplo, a «ur» basca, a «su» turca, a «ilma» maltesa, a «víz» húngara, relacionada com a «vesi» finlandesa e estónia.
Há um ou outro linguista que tentou recuar no tempo e encontrar uma palavra que unisse as duas formas indo-europeias — ou mesmo que fosse a origem comum das formas indo-europeias e das formas fino-úgricas (húngaro, finlandês, estónio…). Há que saber parar. Mesmo as formas reconstruídas do indo-europeu são suposições, embora muito bem fundamentadas — tudo o resto serão exercícios curiosos, mas muito perigosos. As palavras faladas desaparecem em poucos momentos. A história destes bichos curiosos é, assim, muito difícil de reconstruir. São os restos que nos chegam às praias do presente que nos permitem ir entrevendo as relações entre línguas e imaginar como seriam as palavras mais antigas…
(Deixo uma sugestão de leitura para quem quer saber mais sobre o que é possível saber ou não sobre a origem da linguagem: The Power of Babel, de John McWhorter.)
As palavras dos esquimós
Portanto, parece que os indo-europeus não tinham uma só palavra para água. É difícil saber quantas tinham, mas temos pelo menos as duas fontes das águas europeias de agora — e também «*h₂ep-», a forma que deu origem à água persa e algumas outras.
Não é nada de extraordinário — afinal, os gregos acabaram por ficar com duas palavras para água quase sem querer. No caso dos gregos, uma delas é muito formal, a outra é usada em praticamente todas as situações do dia-a-dia. Talvez os indo-europeus tivessem uma palavra para a água doce, outra para a água salgada e ainda outra para a água em situações formais. Ou uma palavra para a água parada e outra para a água corrente… Ou talvez fossem tudo sinónimos, ponto final.
Não convém imaginar grandes conclusões a partir destes factos. Muito terá sido fruto do acaso. É preciso ter cuidado: há ideias que começam com um pequeno grão factual e acabam num mito linguístico difícil de extirpar.
Dou um exemplo conhecido, bem descrito por Geoffrey K. Pullum neste artigo(o autor já escreveu muito o assunto; há até um livro dele chamado The Great Eskimo Vocabulary Hoax, onde incluiu este outro artigo).
A história começa quando o antropólogo Franz Boas reparou, no início do século XX, que os Inuit canadianos têm uma raiz para a neve que cai do céu (a raiz é «qana-») e outra para a neve no chão (a raiz, nesse caso, é «api-»). Há mais umas quantas palavras relacionadas com «neve», mas a curiosidade é esta: a neve que cai é designada, na língua dos Inuit, por uma palavra muito diferente da neve que já caiu.
Pois, a imaginação popular pegou neste facto e desatou a correr por aí fora até criar a ideia muito repetida de que os esquimós têm centenas de palavras para neve! Ainda hoje lá reaparece esse mito aqui e ali… É um bom exemplo de como gostamos de inventar sem pudor quando falamos da língua.
Cada língua divide o mundo de diferentes maneiras e daqui radica uma das dificuldades de traduzir. Haverá línguas com maior densidade de palavras diferentes para fenómenos parecidos? Imagino que sim. Mas, mesmo que se conclua que os esquimós têm mais palavras para neve do que as nossas línguas mais quentes, não se conclua daí que é impossível traduzir as palavras para neve dessa língua dos esquimós. Teremos de usar mais umas quantas palavras, é certo —isto, claro, se a subtileza for relevante para o texto, o que nem sempre é o caso. No entanto, esta dificuldade da tradução (que não a impossibilita!) aparece-nos em todas as línguas. O inglês também não divide o mundo da mesma maneira que o português…
Será assim tão extraordinário que os esquimós tenham várias palavras (mas dificilmente centenas…) para designar a neve? Nem por isso. Como bem nota Pullum (dando exemplos ingleses), nós também temos uma palavra para água rodeada por terra («lago») e outra para água a correr em direcção ao mar («rio») — isto, claro, entre muitas outras variações. Mais: tal como os esquimós no que toca à neve, também nós temos uma palavra para a água que cai («chuva») e outra para a água que já caiu («água», «poças», «água da chuva» ou «cuidado, que a estrada está escorregadia»).
Aliás, temos não sei quantas palavras para água! Começamos por «neve», mas avançamos por «gelo», «chuva», «lago», «mar», «oceano», «albufeira», «glaciar» — sem parar. Tudo nomes diferentes para água numa forma particular. Aliás, até o plural da palavra tem os seus significados próprios…
Com esforço, ainda chegamos longe nesta lista e podemos depois declarar: «Os Portugueses têm centenas de palavras para “água”!» A frase fica bem, é sonora, deixa-nos com a agradável sensação de ter descoberto algo extraordinário… Mas, claro, as palavras dos esquimós são mais exóticas, não é?
Na verdade, como sabemos, não somos só nós que damos muitos nomes à água. Parece que as outras línguas também se espraiam em pequenos rios linguísticos, palavras e palavrinhas que usamos para dar nomes à água nas suas variadas formas e feitios. Se um linguista marciano aterrasse por cá, contaria as palavras para água nos vários dialectos humanos e chegaria à conclusão de que somos seres obcecados por este líquido.
E não é que teria razão?
(Agora vou dar outro mergulho — que isto de andar a navegar pelas águas da linguagem humana também cansa.)
Wednesday, July 25, 2018
Two Minutes on Oceans w/ Jim Toomey: The Land-Ocean Connection
Two Minutes on Oceans w/ Jim Toomey: The Land-Ocean Connection
Two Minutes on Oceans w/ Jim Toomey: Marine Litter - PORTUGUESE
Two Minutes on Oceans w/ Jim Toomey: Marine Litter - PORTUGUESE
Saturday, July 14, 2018
Dr. Jane Goodall's World Chimpanzee Day Message
Dr. Goodall shares her thoughts on the very first World Chimpanzee Day, celebrated on the anniversary of the day, nearly 60 years ago, when she first entered Gombe, Tanzania, to study wild chimpanzees. Today, Jane shares her reflections on that most beautiful time with the chimpanzees, all that is worth celebrating about our closest living relatives in the animal kingdom, and that we much each take action to protect chimpanzees in the wild, and in captivity.
Monday, June 11, 2018
Até quando teremos água potável no mundo?
Até quando teremos água potável no mundo?
Ao menos em algum momento da sua vida você já foi alertado sobre a importância da água para o planeta e a necessidade de economia. E mesmo assim, há anos, a quantidade de água potável no mundo só diminui e a demanda pelo líquido só aumenta. Infelizmente, a falta de água própria para o consumo é um cenário cada vez mais comum no mundo inteiro.
De acordo com o Relatório das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento de Água de 2015, publicado no World Water Assessment Programme e liderado pela UNESCO, o planeta terá um déficit de água de 40%. Essa previsão só mudará se ações de gestão deste recurso seja feita de maneira imediata e eficaz.
No entanto, as notícias não são animadoras, afinal, cerca de 748 milhões de pessoas ainda não possuem acesso a fontes de água potável de qualidade. E geralmente, a população mais atingida é a periférica, de baixa renda e que vive em situações precárias.
Uma das maiores demandas de água no mundo é para a agricultura e energia, que produzem continuamente e vão precisar intensificar cada vez mais a produção.
A previsão, segundo o relatório, é que de 2015 a 2050, a agricultura terá que produzir mundialmente 60% a mais de comida, sendo 100% em países em desenvolvimento. Já na indústria, estima-se que a demanda irá aumentar em até 400%.
O Brasil também sente cada vez mais os sintomas da falta de água. A crise hídrica na região Sudeste nos últimos anos e a constante falta de água no Nordeste apontam a necessidade de gestão da água no país. De acordo com a organização Trata Brasil, cerca de 83,3% dos brasileiros são atendidos com água tratada. Isso quer dizer que temos mais de 35 milhões de pessoas sem acesso ao serviço básico.
Embora seja considerado um país com muitas reservas hídricas, não existem muitas políticas públicas para o controle de consumo, tratamento de água e esgotamento sanitário e planejamento a longo prazo, para que todos tenham acesso a água potável de qualidade com consumo consciente.
Afinal, além de levar água de qualidade para a população, é necessário evitar que as fontes de água sejam poluídas. O avanço de pesquisas e planejamento na área são fundamentais para o futuro da água no país.
Para oferecer as melhores soluções para laboratórios de ensino e pesquisa, a ECO Educacional possui a Bancada de Tratamento de Água e Efluentes.
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Tuesday, June 5, 2018
Os perigos da água do mar
Os perigos da ingestão da água do mar
Sabemos que cerca de 97,5% da água existente no planeta é salgada. No entanto, essa grande quantidade de água não é usada para o consumo humano, uma vez que sua ingestão pode causar sérios riscos à saúde humana.
Primeiramente devemos lembrar que a água do mar é um tipo rico em cloreto de sódio, o sal de cozinha. Essa alta concentração de sal é muito maior do que a concentração de sais do nosso sangue. Por essa razão, ao ingerirmos a água do mar, nosso corpo começa a perder água por osmose para que ocorra a excreção do sal consumido em excesso.
A perda exagerada de água faz com que entremos em um quadro conhecido como desidratação. Esse grave problema pode desencadear dores de cabeça, tonturas, fraqueza, aumento dos batimentos cardíacos, perda de consciência, convulsões e até a morte.
A água do mar não deve ser ingerida sem tratamento, pois pode provocar até mesmo a morte de quem a ingeriu.
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Friday, June 1, 2018
Câmara quer todos a beber água da torneira excepto... ela própria.
Câmara de Beja quer todos a beber água da torneira excepto... ela própria (1)
Faz o que eu digo, não faças o que eu faço. Uma frase que se pode aplicar ao que se está a passar em Beja. No edifício onde os cidadãos vão pagar a factura da água, a Empresa Municipal de Águas e Saneamento (EMAS) colocou uma torneira gigante para promover o consumo humano a partir da rede pública de abastecimento. Viaturas da empresa circulam pelas ruas do concelho ostentando uma frase como se fosse ordem: “Beba água da torneira”. Funcionários da EMAS percorrem as escolas da cidade e freguesias rurais para incentivar o recurso ao consumo da água da rede pública, numa tentativa para que a mudança de atitude possa acontecer na infância já que os seus pais continuam relutantes em bebê-la ou utilizá-la na confecção de alimentos. Mas há quem não siga tanta recomendação: o executivo da própria câmara, que tutela a EMAS.
Está em curso uma forte campanha promocional, que recorre a vídeos no Facebook, onde adolescentes e adultos pedem, na mesa de esplanadas, cafés ou restaurantes, “água da torneira se faz favor”. Nos serviços municipalizados, com atendimento público, passou a ser disponibilizada, num jarro de vidro, água da torneira “aromatizada” com morangos, opção justificada com a necessidade de “acrescentar valor e proporcionar uma nova e diferenciada experiência aos seus clientes”, esclarece a empresa.
Mas a dinâmica promocional e o objectivo da campanha não vieram alterar os hábitos dos sete membros do executivo municipal (quatro PS e três CDU) que resistem a deixar de beber água mineral engarrafada, instalada em máquinas com sistema de refrigeração. Durante uma das reuniões de câmara realizada no início de Maio, o PÚBLICO confrontou o presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio (PS) com esta tão óbvia contradição. O autarca admitiu a incongruência e disse que nas reuniões do executivo municipal passaria a ser disponibilizada água da rede pública. Mas esta continua arredada das reuniões de câmara.
Em Fevereiro de 2017, a EMAS reconhecia que “praticamente todos os habitantes no concelho (cerca de 20 mil consumidores) preferem beber água do “garrafão”, ou seja, comprada nos supermercados. E constatava que a população, de forma generalizada, insistia em considerar que a água fornecida na rede pública “não tinha qualidade para ser consumida, não devendo ser bebida ou usada na alimentação”. No entanto, a empresa admitia que a água da rede pública “tinha um sabor mau” mas garantia que esta “era de qualidade uma vez que cumpria todas as regras de qualidade e segurança nacionais e europeias”.
Este argumento suscita dúvidas e receios nos consumidores quando são confrontados com a água barrenta das inúmeras rupturas que têm assolado a rede pública de abastecimento. E quando empresa Águas Públicas do Alentejo (AgdA), entidade que fornece a água em alta, veio confirmar a presença de “microalgas, cianobactérias e actinomicetes” na rede pública, a população percebeu porque é que a água “sabe a mofo e cheira a achigãs”.
A campanha em curso insiste junto da população para que bebam “água da torneira à confiança”, com a indicação de que é controlada e analisada diariamente. Mas torna-se difícil aceitar este conselho quando a população interiorizou que os esgotos que produz são lançadas na barragem do Roxo, de onde é captada a água utilizada na rede pública.
Mais complicado se torna aceitar o apelo da EMAS,quando União Europeia já multou Portugal em três milhões de euros por não respeitar a legislação comunitária por continuar a lançar na bacia do Roxo efluentes domésticos sem qualquer tratamento.
E, apesar da remodelação que a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Roxo tem sido sujeita, vão ter mesmo de ser investidos cerca de 15 milhões de euros, até ao final de 2018, na construção de uma nova ETAR e uma nova ETA.
A má qualidade da água do Roxo e os problemas que tem criado à rede de abastecimento desde o final dos anos 80 do século passado, associada ao sistema de captação e tratamento ali instalado, forçaram a AgdA a recorrer à água vinda do Alqueva por considerar que a ETA do Roxo é “uma estrutura obsoleta, servida por um sistema de adução com 22 quilómetros de conduta antiga, com muitas avarias e rupturas frequentes”.
As debilidades no sistema de abastecimento estendem-se aos ramais domiciliários. A EMAS refere que accionou, com carácter de urgência, uma “intervenção global de substituição de ramais, que está a decorrer simultaneamente e de forma contínua, com várias frentes de obra”. Num espaço de quatro meses já foram substituídos 245 ramais em 88 ruas do concelho de Beja. Foi possível identificar que 85% das rupturas ocorridas incidiam sobre os ramais domiciliários.
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(1) https://www.publico.pt/2018/06/01/local/noticia/camara-de-beja-apela-ao-consumo-de-agua-da-torneira-mas-o-executivo-municipal-bebe-agua-engarrafada-1832700
Thursday, May 31, 2018
Poluição da água
Poluição da água: Tipos, causa e consequências
A poluição da água é a contaminação dos corpos de água por elementos físicos, químicos e biológicos que podem ser prejudiciais aos organismos, plantas e à actividade humana. É uma questão muito séria, já que a água é essencial para a vida humana. Ela representa cerca de 70% da massa do corpo humano e seu consumo é fundamental para a nossa sobrevivência. Podemos sobreviver se ficarmos períodos de até 50 dias sem nos alimentar, porém, não é possível ficar mais de quatro dias sem o consumo de água.
A água também é importante para a produção de alimentos, de energia e de bens industriais de diversos tipos. Ela é o recurso mais importante para a sociedade e para a vida na Terra, por isso é muito importante evitar a sua poluição.
Um factor preocupante dessa poluição é que os lençóis freáticos, os lagos, os rios, os mares e os oceanos são o destino final de todo e qualquer poluente solúvel em água que tenha sido lançado no ar ou no solo. Além dos poluentes que são lançados directamente nos corpos de água, as redes hídricas ainda recebem a poluição vinda da atmosfera e da litosfera.
Causas de poluição de água:
As fontes de poluição de água são separadas em duas categorias: as fontes pontuais e as fontes não pontuais.
As fontes pontuais: são fontes individuais facilmente identificadas como um encanamento ou uma vala, essa categoria inclui o lançamento dos poluentes de uma fábrica diretamente na água.
As fontes não pontuais: são fontes relacionadas à contaminação que não é originada de uma fonte individual e discreta. Temos alguns exemplos de fontes não pontuais é a infiltração de agrotóxicos no solo, o descarte incorreto de substâncias prejudiciais ao meio ambiente.
Tipos de poluição da água:
Poluição sedimentar: É o acúmulo de partículas em suspensão. Quando são vindas do solo pelo processo de erosão, desmatamento e extração de minérios, elas podem interferir no processo de fotossíntese, bloqueando os raios solares e interferir na capacidade dos animais de encontrar alimento.
Poluição biológica: Esse tipo de poluição ocorre com a introdução de detritos orgânicos lançados geralmente por esgotos domésticos e industriais, que podem ser direccionados directamente à água ou podem se infiltrar nos solos, atingindo lençóis freáticos.
Poluição química: É a contaminação ambiental gerada por produtos químicos que acabam tendo como destino os corpos hídricos. Ela pode ser intencional ou acidental.
A importância da água para as crianças!
No dia-a-dia, muitas pessoas bebem pouca água, isso inclui as mães e futuras mães, esquecendo que seu corpo é constituído por cerca de 65% de água. O que isso representa?
Em consequência desse mau hábito, as mães não oferecem água para seus filhos, ignorando a importância da hidratação diária das crianças. Lembrando que a criança ao nascer é constituída de aproximadamente 79% de água, de 70 a 75% nas primeiras semanas de vida e, no primeiro ano de vida, atinge de 60 a 65%.
Um bebê que é amamentado não necessita de água, chá. O leite materno oferece ao bebê até os seis meses de idade quantidade de água suficiente para sua hidratação.
Como o estômago e intestino do bebê até os seis meses de vida ainda estão imaturos, mesmo uma “inocente” água pode provocar diarreia e vômitos, aumentando as chances de desidratação.
Por isso, nessa etapa da amamentação, quem precisa de muita água para garantir quantidade de nutrientes suficiente para o leite materno é a mamãe.
Para os bebês alimentados com fórmulas, leite de vaca ou então que já passaram dos seis meses e que estão se alimentando de outros alimentos, a oferta de água é extremamente necessária para hidratá-los.
Ofereça água quando a criança estiver acordada. Deve-se aumentar a oferta de líquidos nos dias quentes e quando o bebê estiver com febre. Crianças precisam mais de água do que um adulto, pois são mais susceptíveis ao stress por calor já que possuem pouca massa corporal e com isso absorvem mais calor.
Também tem uma menor capacidade de suar que os adultos, tendo assim menos capacidade de dissipar o calor do corpo.
Água para recuperar as energias
Crianças que realizam atividade física merecem maior atenção, especialmente em temperaturas quentes. Ofereça água constantemente, pois os pequenos são menos sujeitos a sentir sede durante uma atividade e podem não sentir a necessidade de beber água mesmo quando o corpo precisa.
A água se faz necessária para o crescimento das crianças e para o melhor funcionamento do organismo, melhorando as funções dos rins, bexiga e intestino. As frutas, chás, legumes e verduras também são fontes de água para o corpo humano. Mas as crianças devem beber pelo menos quatro copos com água fervida ou filtrada para garantir a harmonia do seu corpo.
A boa hidratação da criança previne a prisão de ventre, pois a água melhora o trânsito intestinal e umidifica as fezes.
Caso a criança perca muita água através de transpiração excessiva ou pelo trato intestinal, como febre, diarreia ou vómito, consulte um pediatra e verifique a necessidade de se aumentar a ingestão de água para garantir a perfeita hidratação do seu filho.
As mães nunca devem esquecer que seus filhos necessitam repor líquidos mais cedo e com maior frequência e que eles não tomam instintivamente a quantidade suficiente de líquidos para repor a água perdida. Portanto, água neles!
Dicas importantes
A água deve ser fervida (pelo menos 5 minutos, e deixar arrefecer antes de servir).
O ideal é levar água de casa e evitar comprá-la.
Prefira água ao invés de chás, mesmo os naturais. Se mesmo assim a vontade falar mais alto, prefira sumos que normalmente são preparados com água, como a limonada, a laranjada, ou qualquer fruta batida com água. Evite a todo custo os sumos industrializados (em pacote e em garrafa).
Dicas importantes
A água deve ser fervida (pelo menos 5 minutos, e deixar arrefecer antes de servir).
O ideal é levar água de casa e evitar comprá-la.
Prefira água ao invés de chás, mesmo os naturais. Se mesmo assim a vontade falar mais alto, prefira sumos que normalmente são preparados com água, como a limonada, a laranjada, ou qualquer fruta batida com água. Evite a todo custo os sumos industrializados (em pacote e em garrafa).
Quando sentimos sede é porque a desidratação foi iniciada. Então, estimule a ingestão de água ao longo do dia para não sentir sede.
Crianças quando brincando vão evitar a todo custo parar a brincadeira, nem que para isso fiquem apertados para fazer xixi ou com a garganta seca de sede. Evite isso, chame-a e pergunte se precisa ir ao banheiro e faça com que beba água.
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Link:http://www.guiadobebe.com.br/a-importancia-da-agua-para-as-criancas/
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Link:http://www.guiadobebe.com.br/a-importancia-da-agua-para-as-criancas/
Wednesday, May 30, 2018
As 5 regiões mais vulneráveis à falta de água no mundo(1)
Segundo levantamento da consultoria britânica Maplecroft, metade dos países é de integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Nessas regiões, cada gota pode emergir como uma nova fonte de instabilidade.
Onde cada gota vale ouro
Embora repleto de rios, mares e oceanos, o planeta Terra tem apenas 3% de água doce disponível para o consumo de cerca de 7 bilhões de pessoas. Abundante em alguns países, escasso em outros, esse recurso natural essencial para a sobrevivência humana distribui-se de forma desigual pelo globo.
Embora repleto de rios, mares e oceanos, o planeta Terra tem apenas 3% de água doce disponível para o consumo de cerca de 7 bilhões de pessoas. Abundante em alguns países, escasso em outros, esse recurso natural essencial para a sobrevivência humana distribui-se de forma desigual pelo globo.
Segundo levantamento da consultoria britânica Maplecroft, os países do Oriente Médio - palco de um sem número de conflitos econômicos e políticos - são os mais vulneráveis à falta de água. Nessas regiões, cada gota pode emergir como uma nova fonte de instabilidade. Em alguns dos maiores produtores de petróleo do mundo, como Iraque e Arábia Saudita, a escassez de água vem tornando-se crítica há gerações.
O problema também integra o conflito na Faixa de Gaza entre Israel e os palestinos do grupo Hamas. Outros países vulneráreis já sentem os efeitos do aquecimento global, à exemplo da Mauritânia, no Saara (foto). Não há mais chuvas e os termômetros registram altas recordes de temperatura, que afetam a produção de alimentos e deixam sedenta a população. A seguir, você confere a lista dos 10 países em risco extremo de "secar" nos próximos anos.
1.Kuwait
O pequeno país do Oriente Médio e rei do petróleo corre "risco extremo" de desabastecimento de água, segundo o relatório da Maplecroft. Rodeado pelo deserto, o Kuwait é considerado o país mais seco do mundo e o único onde não existe água doce. Não há, ao longo dos seus 18 mil km² de território, nenhuma reserva, rios ou lagos, nem mesmo aquíferos subterrâneos de água doce. Aproximadamente 75% de toda a água potável consumida no país precisa ser dessalinizada ou importada. Essa é uma questão estratégica devido às altas temperatura da região, à falta de chuva e à deteriorização do solo para cultivo. A escassez de água doce é, inclusive, o principal entrave para o desenvolvimento da agricultura no país.
2. Jordânia
A insuficiência de recursos hídricos neste país desértico e de temperaturas elevadas no Oriente Médio é crítica. Em algumas regiões, o abastecimento de água acontece apenas uma vez por semana. Os reservatórios existentes são explorados de maneira tão intensa a ponto de ameaçar o fornecimento no longo prazo para os cerca de 6 milhões de habitantes e os setores de agricultura, industria.
A geografia de planalto e bastante acidentada do país dificulta o abastecimento. Um dos principais problemas alí é o bombeamento da água do Vale do Jordão, localizado abaixo do nível do mar até às cidades, a mais de mil metros de altitude. Boa parte do sistema está obsoleto, o que prejudica o desempenho e força o consumo de energia do país. O uso das água do Jordão também é dificultado pelo fato de se tratar de uma fonte fronteiriça e motivo de atrito entre Israel e Jordânia. O rio fornece entre 25% e 30% da água de Israel e 75% da água da Jordânia.
3. Egito
Verões rigorosos, demanda crescente e aumento constante das tarifas tornam a situação do abastecimento de água no Egito bastante complicada. Faltam sistemas de saneamento em larga escala e menos de 15% da população conta com esgoto tratado.
Durante o verão de 2008, muitos pessoas chegaram a beber água diretamente do próprio Nilo, o que causou uma série de infecções. Em muitos casos, nas áreas rurais onde não há canalização, os dejetos ficam a céu aberto, contaminando o solo e consequentemente os escassos lençóis freáticos. O acesso ao Rio Nilo, sem o qual o Egito seria um mero deserto, também está cada vez mais disputado por outros países, como Uganda, Etiópia, Ruanda e Tanzânia. A totalidade da população egípcia, estimada em 80 milhões de habitantes, retira do Nilo 90% de seus recursos hídricos.
4. Israel
Em Israel, como em todo o Oriente Médio, água é assunto político. O estado ocupa o vale do Rio Jordão há mais de quatro décadas e não concede acesso à suas margens pelos palestinos, detendo o fornecimento. Estima-se que o estado judeu destina 80% da água do rio para suprir o próprio consumo e 20% para os palestinos. Durante o verão de 2008, Israel enfrentou sua pior crise de abastecimento de água. Para contornar a situação, o país teve que cavar poços artesianos que estavam reservados para serem usados apenas dois anos depois. O fornecimento de água na região é feito pelo processo de dessalinização, que recebe, anualmente, investimentos vultosos.
5. Iraque
O acesso à água no Iraque, um dos piores do mundo, soma-se a outros problemas que assolam a população local, como a violência sectária e os conflitos políticos. Anos de guerra afetaram profundamente a fragilizada infraestrutura hídrica do país, o que tem desencadeado tensões armadas e deslocamentos populacionais, aumentando ainda mais a pressão sobre este recurso natural. A poluição é outra ameaça ao abastecimento de água potável que deixa milhões de iraquianos em perigo. Além disso, os rios Tigre e Eufrates estão lentamente diminuindo e, em algumas localidades, já não conseguem fornecer água em quantidade suficiente.~________________________(1)https://exame.abril.com.br/economia/os-10-paises-em-risco-extremo-de-falta-de-agua/
5 CONSEQUENCES OF THE LACK OF
BASIC SANITATION
1 - THREAT TO PUBLIC HEALTH
Poor water quality, inadequate waste disposal, poor waste disposal and polluted environments are recurrences of lack of sanitation and crucial factors for disease proliferation.
Consequences of lack of basic sanitation: health risks to the population.
The diseases with the greatest incidence due to exposure to these environments are: Leptospirosis, Bacterial Dysentery, Schistosomiasis, Typhoid Fever, Cholera, Parasitoids, besides aggravation of epidemics such as Dengue.
According to Instituto Trata Brasil, in addition to the high risks involved, this scenario represents high public health expenditures: in 2011, hospitalization expenses for diarrhea in Brazil reached R $ 140 million. Diarrhea, according to Unicef, is the second-leading cause of death in children under five years of age.
WHO data show that 88% of the world's diarrheal deaths are caused by inadequate sanitation. Of these, 84% are children. In Brazil, in 2008, 15 thousand Brazilians died each year due to diseases related to lack of sanitation.
In 2014, the WHO stated that every dollar invested in sanitation saves $ 4.3 invested in global health. The information shows how much health and sanitation are linked. Investing in one, affects the other's spending.
2 - SOCIAL INEQUALITY
In a study conducted by Instituto Trata Brasil in 2016 in the country's 100 largest municipalities, it found that 90% of sewage in irregular areas is neither collected nor treated. In addition, water services do not arrive in these places. Therefore, the water that arrives comes from theft through clandestine connections.
The impacts of this situation are alarming: sewers running in the open, illegal connections in the pipes that contaminate the water and garbage being thrown in inappropriate places. These are scenarios that contribute both to the proliferation of diseases and to social inequality.
In general, irregular areas, with risks of landslides and floods, are excluded from planning, given the technical difficulty of carrying out this service. This creates barriers to the implementation of basic sanitation and commits part of the population to coexist in the face of difficulties and inequalities.
Consequence of lack of basic sanitation: Urban pollution and water resources scenario.
3 - POLLUTION OF WATER RESOURCES
Even with the UN declaring that access to safe drinking water and basic sanitation is an essential human right, many people still do not know what it is to have treated water in their homes.
On the periphery, due to restricted access to sanitation, sanitary sewers and household waste are often dumped in rivers without any treatment. On the other hand, industrial growth also contributes to water pollution as many companies circumvent legislation and release industrial waste into the water without, or in part, some treatment.
With this, there is an absurd amount of polluted water. In a study carried out by the NGO SOS Mata Atlântica, in 2016, in 111 Brazilian rivers, it was revealed that almost 24% of the waters are of bad or bad quality. According to the law, water in this situation can not even receive treatment for human consumption or irrigation of crops.
In this context, we have another question: the reduction of available drinking water. Population growth demands more water for consumption. However, the opposite has occurred. Research conducted by UNESCO shows that water consumption increases by twice the rate of population growth.
In this way, the situation is alarming: on the one hand there is the lack of sanitation and pollution of water bodies. On the other, the greater demand for drinking water. What is known is that good planning is needed for both problems. Both to ensure the universalization of sanitation and to preserve the availability of water for human consumption.
4 - URBAN POLLUTION
One of the aspects of basic sanitation is urban cleaning and the correct management of solid waste. With increasing urbanization, this does not always occur in its entirety.
The appropriate destination for urban waste is the landfill. The landfill contains structure for the treatment of gases and, incineration or selective collection. But because they are large investments, public administrations end up leaving aside these practices with very bad consequences.
Garbage is among the main problems in large urban centers due to destination. Dumps are large open pit deposits with high probability of soil contamination and infestation of diseases. In addition, rainfall contributes to the dumping of waste into cities and to water contamination.
Garbage without proper destination increases the likelihood of flooding. In turn, they aid the washing of urban surfaces contaminated with different organic components and metals. According to the magazine Ciência e Cultura, "losses due to floods in urban drainage in Brazilian cities have increased exponentially, reducing the quality of life and value of properties." Consequences of lack of basic sanitation: Floods.
In addition, according to WHO, a polluted environment is deadly. Especially for young children because their organs and immune systems are especially vulnerable to dirty air and water. The UN has also been concerned about the rise of improperly discarded electronic waste. This type of waste is expected to increase by 19% by 2018, reaching 50 million tonnes.
Reports from the World Health Organization warn of the disposal of electronic waste. They can cause health damage, especially in children, including reduced intelligence, attention deficits, lung problems and cancer.
The agency indicates a number of measures to prevent environmental problems from affecting health, especially children, such as investment in sanitation, school hygiene and urban planning policies.
5 - IMPRODUCTIVITY
In 2014, Instituto Trata Brasil conducted a study in partnership with the Brazilian Business Council for Sustainable Development (CEBDS) entitled "Economic Benefits of the Expansion of Brazilian Sanitation". The results point to loss of productivity and income due to lack of basic sanitation.
This study shows everything that has already been dealt with throughout this text. Access to basic sanitation improves health, avoids disease, death and broadens economic opportunities and productivity.
According to the survey, Brazil's per capita income would increase by 6% if all Brazilians had basic services. In addition, 11% of the worker's shortages are related to problems caused by lack of sanitation. 217,000 workers move away from their activities annually due to gastrointestinal problems linked to lack of sanitation.
This directly affects the economy: by having access to the sewage system, a worker increases his productivity by 13.3% and results in a 3.8% salary increase due to a decrease in absences. Nonetheless, the universal service of basic services values an average of 18% of real estate value.
Children are not left out of statistics. The study shows that sanitation also improves the school performance of children, as it reduces absences due to hospitalizations. According to Águas Guariroba, 65% of hospitalizations in children under 10 years of age are linked to lack of sanitation.
Finally, the Institute also concludes that a reduction of 10% in leakage, robbery, clandestine connections, lack of measurement or incorrect measurements of water consumption in Brazil reduces the equivalent of 42% of the investment made in the water supply system. water in the country.
Final Thoughts
And this is just one of the great examples of demonstration of some human characters, is that while some have everything and waste and sometimes do not take advantage there are others who need and are going through difficulties.Incredible where human ignorance can sometimes come.
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